Hoje em dia e cada vez mais, o psicológico e a forma como as pessoas olham para o mundo tem vindo a mudar, mas ainda existem coisas que são vistas como “Tabu” ou então com algum preconceito. E é esse o tema de hoje. Será que há mesmo coisas só para rapaz ou só para rapariga?
“Coisas” de rapaz ou rapariga
Este é um tema que ainda é preciso ser discutido porque para muita gente, ainda continua a ser visto como um problema, quando já não devia ser.
Mas muitas vezes, ainda é um tema questionado porque está associada a ideias que a sociedade ou gerações familiares anteriores foram criando ao longo do tempo, de que rapazes só podiam usar e fazer umas coisas e com as raparigas igual. Mas não é assim que devia funcionar, porque uma criança quando nasce não sabe se o rosa é para meninas e que o azul é uma cor de rapaz, não sabe para quem são as bonecas, nem que os rapazes não choram.
Existem mesmo coisas só para rapaz ou só para rapariga??
Primeiramente, e a principal coisa que temos de entender é que nada está associado a um género, nem cores, nem roupas, nem brincadeiras ou atividades.
As típicas frases que dizem como, “Futebol é só para rapazes”, e temos imensas jogadoras de futebol cheias de qualidade, “boxe é um desporto duro, só dá para rapazes”, e temos muitas raparigas a fazer sucesso no boxe, “cozinhar é para mulheres” e se calhar temos mais homens chefes do que mulheres, “ginástica é para mulheres!” Não, nada está direcionado nem especificado que é para X ou Y.
Pessoas que “romperam as normas”
Mark Bryan:
- Conheces o Mark Bryan? O homem americano que vai para o trabalho de saltos altos e saias. E como diz na sua biografia do instagram, “heterossexual, cisgender, fã de porsches e adora usar saltos altos e saias diariamente”
Quando era mais novo, ainda na escola, ele costumava brincar e dançar com um par de saltos altos e acabou por se tornar um hábito. Hoje em dia, vai para o trabalho de saltos e saia para mostrar que as roupas não tem género! Não é grande fã de vestidos porque gosta de criar um equilíbrio entre os seus looks. Na parte de cima um look mais masculino e um look sem género da cintura para baixo.
Um homem seguro de si e da sua sexualidade, que tem o objetivo de tentar normalizar o que para muitos pode parecer estranho, sem medo.
Fran:
Fran é um menino de 11 anos que adora costurar e desenhar. O que para muitos é visto como “coisa de menina” pra ele é só seu hobbie favorito.
Ele gosta de fazer as próprias roupas para as suas bonecas, pedia aos pais restos de tecidos e começava a costurar, e com o apoio de toda a família, chegou até a assistir a cursos de costura. Mas apesar do bullying, que mais tarde foi resolvido, que sofreu por parte dos seus colegas de turma, continuou a costurar e a brincar com as suas bonecas. Um dia a irmã dele decidiu expor a situação no twitter onde recebeu imensas mensagens de incentivo e apoio, e sempre com o objetivo de passar a mensagem que se deve deixar as crianças brincar com o que quiserem porque os brinquedos não têm género.
Como podemos mudar esse pensamento?
Temos de começar a treinar o psicológico para mudar esta forma de pensar. Se tens filhos, irmãos, amigos, não deixes de os aconselhar, e principalmente respeitar a vontade deles. Explicar que não há nada de mal em ver um rapaz a fazer as “coisas de rapariga” como lhes chamam ou vice-versa. Nunca se deve proibir nem desincentivar ninguém de seguir as suas vontades!
Temos de começar a normalizar as pequenas coisas, e não excluir ninguém pelo que gostam de fazer.
Tenta passar estas ideias para os teus amigos/familiares, e pessoas que conheças para que num futuro, que esperamos que seja próximo, esta ideia seja desconstruída e que todos nós nos sintamos bem como somos.
Será que há mesmo coisas só para rapaz ou só para rapariga?
A resposta é não. Não existem coisas só para rapaz ou só para rapariga.
Tu és livre para escolher o que gostas de fazer ou vestir e não tens de ter medo de “sair fora da caixa” e fugir aos padrões da sociedade. Muito menos deves ter medo de expor as tuas vontades, deves sempre lutar por ti e pelos teus direitos !
Somos muito mais do que aquilo que a sociedade ou as pessoas dizem sobre nós!
Até ao próximo artigo!

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